K.OM.A.
Setembro/2008

Desta
vez, entrevisto a banda KOMA, que apareceu como uma
revelação nesse ano de 2008, na LOFT Campinas:
1 - Quem vê o MySpace de vocês, sente falta
de um pequeno detalhe... Cadê o vocalista da banda?
(rs)
Felippe: Ahahahahahah é, então,
ele saiu da banda, houve alguns problemas particulares
pelos quais ele estava passando que acabava afetando
a banda. Então sentamos e resolvemos juntamente
com ele que não seria mais possível a
gente contar com ele na banda.
Beto: É, infelizmente perdemos um bom vocalista,
mas foi melhor para ele não atropelar todas as
suas responsabilidades.
Kirk: Aí acabou sobrando para mim. rs
2 – Como aconteceu de o guitarrista Kirk assumir
os vocais?
Felippe: Simplesmente pelo fato de que os vocalistas
com os quais entramos em contato para fazer testes,
ou não se enquadravam no estilo que estávamos
procurando ou não estavam a fim de assumir o
vocal numa banda séria, queriam uma banda só
por diversão.
3–
Vocês pretendem chamar um novo vocalista? Que
estilo procuram? Pois percebi que na música “Rock
‘n Roll Never Dies” tem uma pequena passagem
levada no gutural... vocês pretendem fazer sons
mesclando o limpo com o gutural?
Kirk: Queríamos arrumar um outro vocalista,
mas como só aparece 'nego' estrelinha, sem carisma
e sem interesse, resolvemos que seria melhor não
perder tempo, também porque estamos em processo
de composição e gravação
de nosso EP. Até chegamos a testar alguns colegas,
mas faltou também identidade. Confesso que tocar
e cantar fazendo alguns riffs em linha contrária,
não é para qualquer um, admiro caras como
Mustaine (Megadeth) que consegue fazer sem suar, mas
até que tá rolando.
Felippe: Um novo vocalista seria bom, um cara que ficasse
encarregado só dos vocais, pois daria mais liberdade
para o Kirk ao vivo com riffs de algumas músicas
nossas que são um pouco mais trabalhadas. Não
vamos mais perder tempo e ficar parados esperando um
vocal aparecer, mas gostaríamos de um cara que
tivesse uma voz um pouco mais grave, tipo Jorn Lande,
que soubesse dosar graves com agudos, e pretendemos
sim mesclar vocais limpos com guturais; inclusive o
gutural que você escutou na Rock n' Roll Never
Dies foi o Kirk que fez.
Beto: Tanto que eu não consigo fazer gutural.
hehe
4 – Há quanto tempo o KOMA existe?
Felippe: O K.O.M.A. foi fundado em agosto de
2006 por mim e pelo Kirk,
Kirk interrompendo: Nossa, já tem 2 anos...
Felippe: Pois é, Kirk, o tempo passaaaaa, o tempo
voaaaaa, ahahahah. Mais então, né, estávamos
de saco cheio de tocar pros outros ou de ver os outros
tocando e a gente parado, então resolvemos montar
a banda e saímos atrás de pessoal para
tocar com a gente.
Beto: E aí o Beto cai de pára-quedas nesse
projeto que acabou dando muito certo, apesar de alguns
contratempos.
Felippe:
Contratempos que não foram poucos; só
pra ter uma idéia, antes de o Beto entrar, a
gente fez um ensaio sem baixista, ahahahah. Baterista
que saiu, e até vocal feminino nós tentamos
no começo.
Kirk:
Pois é, o Beto e o Lucas foram meio que uns achados,
pelo menos eu considero, porque nunca toquei em uma
banda onde me sentisse a vontade, seja pessoal ou musicalmente.
Felippe:
Faço minhas as palavras do Kirk, e também
não é só o fato de o Kirk se sentir
bem ou eu me sentir bem, porque fomos nós que
fundamos a banda, no K.O.M.A. não tem essa de
que eu e o Kirk, que somos os fundadores, decidimos
tudo, mandamos... Aqui todos têm voz ativa para
dizer o que pensam e o que tem pra acrescentar. Se eu
(ou qualquer um) tiver que falar 'que merda é
essa coisa que você ta compondo', nós falamos,
e contrário também.
5 – Vocês usam KOMA assim: K.O.M.A. É
uma sigla? O que significa?
Felippe: É uma sigla sim, na verdade
era pra ser C.O.M.A., mas quando pedimos para um colega
fazer o logo da banda, ele acabou fazendo com K e ficou
tão legal que acabamos deixando com K mesmo.
Agora o que significa deixo pro Kirk explicar, já
que é invenção dele ahahahahah.
Beto: Até hoje eu não sei o que significa
essa sigla. Haha, explique ae Kirk.
Kirk: Rsrs, era pra ficar com C, COncebidos, Música,
Alta, aí juntei tudo, mas já tinha uma
banda com o mesmo nome, por isso separei com pontos.
Mas o carinha do logo fez com K devido ao efeito do
sinal de batimento cardíaco do eletrocardiograma,
que achei lindo, mas num perdeu o significado. Só
isso.
6–
Vocês descrevem o estilo como: Hard, Heavy e Rock
n’ Roll. O que exatamente vocês tocam? Como
vocês trabalham suas músicas próprias?
Felippe: Descrevemos o estilo dessa maneira
porque são nossas influências; mas também
tem o Thrash e o Progressivo ahhahahah. O que nós
tocamos é exatamente a misturéba de todos
esses estilos, mas o que mais prevalece mesmo é
o Heavy Metal; se você parar para analisar com
atenção, verá que existem todos
esses estilos misturados em nossas músicas. As
nossas composições são feitas por
mim e pelo Kirk e resultam em composições
com a fusão de toda essa influência musical.
7 - Vocês pretendem gravar um CD? Quantas músicas
autorais possuem?
Felippe: Pretendemos sim, Mih, mas acho que
tudo tem seu tempo. Queremos primeiro lançar
o EP pra todo mundo ver quem realmente é o K.O.M.A.
e depois partir para um Full. Nós temos umas
10 músicas prontas, instrumentalmente dizendo,
algumas faltam letras, que já estão sendo
desenvolvidas.
Kirk: Se dependesse do cronograma que eu coloquei para
a banda no comecinho de tudo, em Janeiro de 2009 era
pra estar tudo pronto, mas imprevistos e falta de grana
existem, saiu vocalista e baterista e até achar
outros caras que prestassem vai tempo... por isso agora
teremos que ir conforme for possível.
8
– Como foi para vocês receberem o prêmio
municipal de melhor banda de Heavy Metal de Campinas/2008
realizado pela LOFT?
Kirk: Surpresa total, tanto que, quando cheguei
ao evento, o processo de premiação já
estava rolando, e quando me avisaram, até achei
que tinha gente tirando sarro da minha cara: 'Vai lá
no palco pegar seu prêmio', mas como era muita
gente falando pensei 'Será mesmo?' Aí
o Vulcano, amigo da banda, chegou ao meu lado e falou
que era verdade mesmo, e fui receber o prêmio.
Não tinha nem palavras para falar ao público,
só disse que estava grato por ter o trabalho
bem reconhecido.
Felippe: Para mim, sinceramente, foi uma surpresa, eu
não esperava, tanto que nem pedi para amigos
do orkut votarem na banda, nem fui no evento de entrega
do prêmio. Só pra vocês terem uma
idéia de como eu não estava nem aí;
no dia seguinte da premiação fiz um churrasco
no meu apartamento, é isso mesmo, churrasco no
apartamento, e fui no mercado junto com o Vurco comprar
as coisas, aí perguntei para ele quem tinha ganhado
ele respondia: 'Você não vai acreditar',
falei nome de tudo que é banda menos a nossa,
aí o Vurco cansou deu ficar perguntando quem
ganhou e falou: 'Pergunta pro Kirk', aí cheguei
em casa e esse viado do Kirk fez maior discurso dizendo
parabéns para todo mundo e mostrou o prêmio...
foi assim meio que 'não acredito'. Eu, na verdade,
encaro essa premiação como de revelação
e não como a Melhor Banda de Heavy Metal de Campinas,
nós temos outras bandas na região que
no meu entender estão acima de nós, Hellish
War, Deventter, Voodoo Shyne, Sliperry, Kamala, entre
outras aí, mas por outro lado entendo que a galera
tá curtindo a banda e reconhecem o esforço
que fazemos para conseguir tocar, gravar e o caralho
a quatro.
Beto: Foi uma surpresa para toda banda. Eu não
fazia idéia de que estávamos participando
desse evento, pelo fato da banda ser nova e não
ter tanta bagagem quanto às outras que concorriam.
Isso nos mostrou que o que tocamos e estamos produzindo
não está sendo em vão, e a galera
está reconhecendo nosso esforço e vontade.
Kirk:Concordo com o Beto e Felippe com o fato de considerar
o prêmio como banda revelação, acredito
que se tivesse esta categoria caberia mais para nós.
Ah! Só corrigindo, o evento foi na Loft, mas
a premiação foi criada junto com o Dia
Municipal do Rock criado em 2006, então não
foi a Loft que premiou e sim a própria Prefeitura
de Campinas.
9 – Costumam tocar em outras cidades? Aonde pretendem
tocar?
Kirk: Tínhamos datas em cidades da região,
mas não rolou ainda.
Felippe: Ainda não conseguimos sair de Campinas
para apresentar nosso trabalho, vontade não falta,
iríamos participar de um festival em Angra dos
Reis- RJ agora no dia 30/08, mas a organização
do evento jogou para outubro as etapas do festival por
falta de apoio e estrutura. Espero que consigam, para
podermos enfim sair de Campinas e mostrar nossa música
a outras cidades.
10 – Vocês estavam em gravação
do Ep Don't Stop Believing quando o vocalista saiu...
vão continuar a gravação com o
Kirk nos vocais?
Felippe: Com certeza, Mih, o nome do Ep já
diz. O Kirk irá regravar toda a parte de vocal
que já foi feita pelo antigo vocal e iremos dar
continuidade nas gravações das músicas
que ficaram faltando.
11
– Quais os covers que vocês costumam apresentar
nos shows? Há interesse em fazer um show só
com musicas próprias?
Felippe: A gente costuma tocar Iron Maiden,
Dio, Deep Purple, Black Sabbath, Ozzy, Heart, Peter
Frampton, Neil Young, Megadeth, Motorhead, AC/DC, entre
outros. Acho que fazer um show só com musicas
próprias leva muito tempo, experiência
pra banda prender o público, e isso não
acontece da noite pro dia, é necessário
ir colocando no set aos poucos as músicas próprias,
pra galera ir se familiarizando, mais seria um sonho
fazer um show só com musicas próprias
e que de preferência tenha público pra
prestigiar, ahahahahaha.
Beto: Eu tive experiência de ter banda e só
tocar sons próprios nos shows. É algo
difícil, tanto para produzir coisa boa, quanto
pra apresentar para galera. A maioria das vezes era
meio brochante, porque ninguém agitava por não
conhecer. Então, acho que da forma como estamos
procedendo é o melhor caminho para o público
nos shows conhecer o som da banda e as influências.
12
– Há algo que vocês queiram dizer
ao público?
Felippe: Gostaria de agradecer a todos que votaram
em nós no prêmio de melhor banda e que
continuem indo aos nossos shows, em breve estaremos
lançando nosso primeiro registro, e que apóiem
mais a cena underground da região, tem muitas
bandas fudidas que precisam do apoio da galera apenas
pra ir aos shows, porque a galera reclama que só
tem cover e quando tem som próprio ninguém
vai. Apóiem mais as bandas próprias, quem
sabe teremos novas bandas despontando, como o Deventter,
Hellish War, Soulriver.
Beto: Agradecer a todos que comparecem em nossas apresentações,
a todos que nos apóiam, que acreditam em nós,
e principalmente à minha família, que
sempre me incentivou a tocar um instrumento.
Kirk: A minha mãe, meu pai, a Sasha...rsrsrsrs.
É isso mesmo, acredito que tudo esta correndo
bem e que apoio vai vir de acordo com o profissionalismo
da banda. Pelo que vejo, a cena musical de Campinas
está no caminho certo, mas ainda falta muita
coisa e não é do grande público
não, e sim dos músicos, que querem prestigio
mas não ajudam a prestigiar as bandas que estão
aparecendo.
Canso de ver e ouvir músicos reclamando, mas
não vão nos show de seus companheiros
de estrada... Mas a galera tende a ir aos eventos, basta
a banda ser boa. No nosso caso sempre tem gente.
13 – Qual a aspiração do KOMA pro
futuro?
Felippe: Nós temos como objetivo agora
terminar o Ep que está desde o começo
do ano para ser finalizado. Depois de finalizar e lançar
o Ep, vamos começar a preparar o Full pra 2009
e quem sabe fazer uma turnê pelo Brasil.
Valew galera!! Obrigada pela atenção,
e sucesso pra vocês!!
MIH
Pereira
Grupo Metal Rise