08/08/2009
- Headhunter DC, Havok, Incinerad E Chaos Synopsis,
no Hammer Rock Bar
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Quinze
dias após a devastação causada
pela “tempestade metálica” do Krisiun,
tivemos a chance de conferir outra grande banda do Death
Metal no HAMMER ROCK BAR, com mais uma visita dos insanos
do HEADHUNTER DC a Campinas! Para aquecer os ânimos
dos bangers, foram escaladas as bandas INCINERAD, HAVOK
e CHAOS SYNOPSIS.
Abrindo
o evento, tivemos a apresentação do INCINERAD,
banda Death/black de Indaiatuba. Contando em sua formação
com Lauro nas guitarras e vocais, Flavio no baixo, Emanuel
na bateria e Rafael na guitarra base, a banda destilou
seu metal extremo para os (poucos) presentes com muita
garra e competência, fazendo um show eficiente,
agressivo e sem frescuras, exatamente como o Death Metal
deve ser. A performance da banda em cima do palco ainda
é um pouco fria, com pouca movimentação
em cena, porém isso é um ponto fácil
de ser melhorado. O vocalista/guitarrista Lauro se porta
como o líder da banda, sendo o que tem a performance
mais ‘ativa’ no palco. Destaque para os
riffs da banda, que ficam naquela linha tênue
entre o black e o Death Metal, criando canções
bem particulares. Levaram composições
da demo Pure Domain, e algumas novas, como a matadora
Fall of God. Homenageando duas de suas influências
eles ainda tocaram Left To Rot do grande Hipocrisy e
terminaram sua bela apresentação com Total
Destruição dos veteranos do Vulcano.
A
segunda banda a tocar foi o HAVOK, conjunto oriundo
de Salto. O grupo é formado por apenas dois integrantes,
o vocalista e guitarrista André e o baterista
Felipe. Indo pelos lados do brutal death metal, o som
da banda é grotescamente pesado e caótico,
sem espaço para melodias ou partes cadenciadas,
um autêntico genocídio em forma de música.
Em apenas 35 minutos de show, a banda promoveu um ataque
musical digno dos mais efusivos aplausos. Os dois integrantes
são muito bons em seus instrumentos, com uma
menção especial ao baterista Felipe, que
é detentor de uma precisão cirúrgica
na batera, e agüenta o tempo todo sem perder o
ritmo um minuto sequer. O único ponto que creio
que a banda poderia mudar é em relação
à entrada de um baixista, que ao meu ver daria
muito mais poder de fogo ao som da banda ao vivo e o
guitarrista André poderia ficar mais solto para
destilar seus riffs doentios. Muito bom o show desta
promissora banda do Death Metal nacional.
Por
motivos alheios à minha vontade, não pude
assistir o show da banda CHAOS SYNOPSIS, mas os que
estavam presentes disseram que foi um show apenas razoável.
Se
apresentando pela segunda vez no HAMMER ROCK BAR, o
HEADHUNTER DC mostrou que faz jus ao ‘sobrenome’
e fez da noite de sábado um real culto ao Metal
da Morte! Mesmo diante de um público bem aquém
de sua importância e história, a banda
não desanimou e nos brindou com um devastador
show de Death Metal.
Como conta com músicos muito experientes da cena
extrema, a apresentação do grupo é
absurdamente contagiante e eficaz, funcionando quase
como um ‘workshop’ para os mais novos. Mesmo
desfalcados de um de seus guitarristas (Fabio Nosferatus
não veio devido a um pequeno problema de saúde)
o som produzido pelo conjunto no show foi deveras violento
e intenso. Bases monstruosas e solos pútridos
a cargo de Paulo Lisboa, uma cozinha densa e pesada
nas mãos de Daniel Brandão e do veterano
baixista Zulbert e um ataque vocal dos mais letais é
a arma de destruição em massa usada pela
banda em cima do palco. Dono de um vocal extremamente
poderoso e um controle absoluto sobre o público,
o vocalista Sergio Ballof é o grande destaque
do Headhunter DC, e pode ser considerado hoje um dos
grandes frontmen do cenário tupiniquim. Mas o
que mais chama a atenção mesmo é
a paixão e honestidade com que Sergio e seus
companheiros encaram a banda e o Death Metal. Dá
claramente pra perceber que, antes de serem “músicos
de banda”, os caras são devotos fãs
de Metal e fazem questão de demonstrar tal fato.
A banda tem uma carreira bastante heterogênea,
o que faz com que eles possam tocar músicas de
todos seus álbuns sem deixar o clima esfriar
instante algum. Sendo assim, tivemos desde músicas
de seu mais recente cd, God´s Spreading Câncer,
como God is Dead e Celebrate The Chaos , até
sons do debut Born...Suffer...Die, caso das clássicas
Am I Crazy e Death Vomit. Conforme comentado anteriormente,
o grupo tem a platéia em mãos o tempo
todo e durante a execução de músicas
como Eternal Hatred, And the Sky turns to Black, Hymn
To Babylon e God´s Spreading Cancer a interação
entre banda/público foi enorme.
Após pouco mais de uma hora de bestialidade sonora,
o Headhunter DC se despediu do público prometendo
retornar mais vezes.
Mesmo com a baixa presença de bangers o saldo
final do evento foi muito positivo, com pelo menos três
excelentes shows de bandas que honram com sobras a tradição
do cenário nacional na musica extrema.
E novamente o Death Metal provou que continua reinando
soberano no mundo da música pesada!
ETERNO
CULTO AO METAL MORTE
Daniel
Beraldo
Grupo Metal Rise