19/06/2009
- OMEN, STRIKE MASTER, COMANDO NUCLEAR, no HAMMER
ROCK BAR
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Nestes
dias gelados que estamos, nada melhor que uma bela noite
de heavy metal para aquecer os ânimos dos bangers,
e foi exatamente o que aconteceu na noite de sexta-feira
dia 19/06, no HAMMER ROCK BAR, quando tivemos a ilustre
presença dos veteranos norte americanos do OMEN.
Além da já citada banda, duas novas forças
do metal mundial se encarregaram de abrir a noite, os
brasileiros do COMANDO NUCLEAR e os thrashers mexicanos
do STRIKE MASTER
A
primeira banda a se apresentar foi o COMANDO NUCLEAR,
banda nacional de metal tradicional cantando em português.
Quem já ouviu a banda sabe que originalidade
não é seu ponto forte, porém fazem
seu som oitentista com tamanha paixão, garra
e honestidade que é realmente impossível
não se contagiar com o show da moçada.
Tendo o set um pouco reduzido devido ao atraso para
início do show, eles mandaram ver sons de seu
debut Batalhão Infernal, como Comando Nuclear,
Vingança Metal e Resistir, música esta
que findou o show. Além destas músicas
já conhecidas, a banda tocou também algumas
que estarão no próximo cd (com título
provisório de Guerreiros da Noite), entre elas
Princesa Infernal, Ritual Satânico e Guerreiros
da Noite. Um show do Comando é sempre uma celebração
do que há de mais tradicional e verdadeiro no
metal, e nesse dia não foi diferente, para o
regozijo dos bangers presentes. Ron Cygnus (vocal),
Rodrigo Exciter (baixo), Filipe Lawmaker (guitarra)
e Guilherme Medeiros (bateria) mas uma vez demonstraram
o porque lideram essa nova onda de bandas que cantam
metal em português.
Após
uma pequena pausa para troca dos equipamentos, eis que
surge a banda que roubou a cena nesta noite, os thrasher
mexicanos do STRIKE MASTER, um power trio que ainda
vai dar o que falar na cena thrash mundial. Formada
por Captain Ricardo (baixo) Commander Chavez (bateria)
e Colonel KMU( guita/vocal) esta banda fundada em 2004
é responsável por um thrash metal oitentista
maravilhoso, um autêntico “soco na cara”
de qualquer banger. Bases velocíssimas, bateria
no melhor estilo ‘britadeira’, baixo de
linhas pulsantes, solos causticantes e vocais rasgados,
está aí a formula para a desgraça
perpretada por esses mexicanos, que durante os 40 minutos
de show não deixaram pedra sobre pedra. Tocando
somente composições próprias tais
como Rushed Death, Up For The Massacre, Inflexible Steel
e Merciless Machine (esta dedicada ao personagem Zé
Pequeno do filme Cidade de Deus) os hermanos do México
conquistaram a platéia com seu show energético
e empolgante. Destaque para o guita/vocal Colonel KMU,
uma autêntica usina de riffs e solos matadores,
além de ser um vocalista muito bom, com uma linha
vocal mais puxada para os primórdios do death
metal (a influência de Chuck Schulkdiner é
gritante). Fazia tempo que este redator não se
empolgava tanto com uma banda/show de thrash metal,
mas este com certeza entrou no hall dos melhores shows
do ano. Olho vivo para esta banda, que ainda vai dar
muitas alegrias para os thrashers de plantão!!
Mais
uma pequena pausa para pequenos ajustes no som, eis
que a lenda OMEN surge no palco do Hammer, para satisfazer
a todos headbangers presentes. Alguns podem reclamar
que somente o guitarrista Kenny Powell é integrante
original da banda, porém o careca guitarrista
escolheu músicos excelentes para lhe acompanhar
nesta nova reencarnação do OMEN, com destaque
para o rechonchudo vocalista George Call, que tem uma
voz tão poderosa quanto sua barriga rs Completam
o time o baixista Scott Clute e o batera Danny White.
Para quem não conhece, o OMEN é uma banda
americana formada em L.A no longínquo ano de
1983 e lançou na década de 80 alguns clássicos
atemporais do metal, tais como Battle Cry e Warning
of Danger. A banda ficou parada durante os anos de 1988
a 1997 e após o retorno lançou apenas
mais dois álbuns de estúdio, que apesar
de bons, não tiveram a mesma exposição,
nem impacto, de seus lançamentos dos anos 80.
Talvez por conta disso mesmo a banda tenha baseado seu
set nos clássicos oitentistas como In The Arena,
The Axeman, Teeth Of The Hydra, Die By The Blade entre
outros que contaram com a participação
ativa da platéia, sendo que em alguns momentos
o vocalista George simplesmente largava o microfone
na mão de algum fã que continuava a música,
em uma autêntica interação entre
banda/público. A performance da banda no palco
é excelente, e apesar de visualmente já
meio desgastados, os integrantes da banda atacavam seus
respectivos instrumentos com garra e fôlego de
adolescentes. Battle Cry, Warning of Danger e Torture
Me foram outras músicas muito festejadas pelos
bangers presentes no Hammer que saíram do bar
satisfeitos com mais um excelente show de uma lendária
banda de metal oitentista.
O único ponto fraco da noite foi a diminuta presença
do público banger nesta data histórica,
porém os que foram certamente irão guardar
esta noite de sexta feira na memória.
WARNING
OF “METAL” DANGER
Daniel Beraldo
Grupo Metal Rise